Loading

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Governo oficializa notificação de mortes por dengue em 24 horas

Portaria determina que caso grave também seja avisado compulsoriamente.
Ministério da Saúde terá de ser informado sobre violência doméstica e sexual.

Do G1, em São Paulo
 
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala durante encontro com representantes de empresas de todo o país em busca de mobilização para a prevenção e combate à dengue O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou, na
semana passada, sobre mobilização de prevenção
e combate à dengue (Foto: Elza Fiuza/ABr)
Todos os órgãos de saúde dos estados e municípios terão de informar ao Ministério da Saúde, compulsoriamente e no prazo de 24 horas, as mortes e os casos graves da dengue. A decisão faz parte da Portaria 104, que havia sido anunciada na semana passada pelo ministro Alexandre Padilha e que foi publicada, nesta quarta-feira (26), no Diário Oficial da União (DOU).
O documento também trata da notificação obrigatória por todos os órgãos de saúde de casos de violência doméstica e sexual, e não somente pelas unidades sentinelas, como era feito antes. A Portaria trata de casos de suspeita ou confirmação de violência contra crianças, adolescentes, mulheres e pessoas idosas já está prevista na legislação.
No caso da dengue, a doença passa a fazer parte de um grupo de 19 enfermidades que precisam ser comunicadas ao Ministério da Saúde em 24 horas. Estas doenças fazem parte de um outro grupo maior, de 45 enfermidades, que já precisavam ser notificadas obrigatoriamente ao órgão Federal, com fluxos e periodicidades distintos, de acordo com a situação epidemiológica de cada uma.
Segundo a Portaria, os casos de dengue seguem o fluxo rotineiro de notificação semanal, mas os casos graves, os óbitos e os casos produzidos pelo sorotipo DENV-4 precisam um melhor acompanhamento, o que justifica a sua inclusão entre as doenças de notificação imediata.
De acordo com o Ministério da Saúde, a medida vai possibilitar a identificação precoce de introdução de novo sorotipo e de alterações no comportamento epidemiológico da dengue, com a adoção imediata das medidas necessárias, por parte do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais de saúde. Dessa maneira, será possível identificar precocemente as alterações na letalidade provocada pela dengue, permitindo a investigação epidemiológica e a adoção de mudanças na rede assistencial para evitar novas mortes.
A notificação imediata pode ser feita por telefone, email ou diretamente na página eletrônica da Secretaria de Vigilância em Saúde (Anvisa), de acordo com instrumentos e fluxos usado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A regra vale, inclusive, para casos ocorridos em fins de semana e feriados.

Fonte Globo.com

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Governo orienta 16 Estados a atualizar
planos de emergência contra dengue

Documento mostra qual a estratégia em caso de muitas infecções pela doença
Agência Brasil
 
 
 

Agência Brasil
Alexandre Padilha, ministro da Saúde

O Ministério da Saúde orientou as secretarias de saúde dos 16 Estados com alto risco de enfrentar uma
epidemia de dengue a atualizar seus planos de emergência, que consistem na estratégia a ser adotada em caso de grande quantidade de infecção e mortes por causa da doença.
A orientação foi dada aos secretários estaduais durante reunião realizada nesta quarta-feira (19) com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e representantes da pasta. Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde, diz que, "se a gente não agir agora, pode ter todo o semestre comprometido"
Dos 16 Estados, 14 já têm plano de contingência, conforme levantamento do ministério. O Rio Grande do Norte e o Tocantins ainda não apresentaram o plano ao governo federal.

Os Estados também deverão notificar os casos suspeitos de dengue e mortes no prazo de 24 horas. Nos próximos dias, o ministério vai publicar uma portaria regulamentando a obrigatoriedade.
Cada Estado foi orientado a implantar um comitê para acompanhar a evolução da dengue e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. Os 16 locais com alto risco de epidemia de dengue são: Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O ministério vai implantar um sistema online, que está em fase de teste, para monitorar semanalmente os casos da doença e, diariamente, as mortes por dengue nos 70 municípios em estado de atenção, informou Padilha. O sistema será abastecido com informações vindas dos Estados e municípios.
O Rio de Janeiro foi o único Estado a não participar da reunião. De acordo com o ministério, uma das funções do gabinete de emergência montado por conta das inundações na região serrana é adotar medidas contra a dengue.

Fonte> R7.com 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Roraima registra 12 casos de "novo" tipo de dengue

Vírus não circulava no Brasil havia 28 anos, mas voltou ao país em 2010


Roraima fechou o ano de 2010 com 12 casos confirmados de dengue tipo 4 - dos quais 11 foram na capital, Boa Vista. Outras 110 amostras estão sendo analisadas no Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém (PA). O vírus tipo 4 não era registrado no país havia 28 anos. Também há notificação de casos no Amazonas.
Os tipos mais comuns de dengue no país são o 1, 2 e 3. O retorno da circulação do vírus tipo 4 serviu de alerta para as autoridades de saúde, pois boa parte da população brasileira, em especial crianças e jovens, não tem imunidade contra esse vírus.
A Secretaria Estadual de Saúde de Roraima confirmou que não tem como evitar a proliferação da dengue tipo 4 para o restante do país. Segundo a coordenadora-geral de vigilância em saúde do Estado, Roberta Calandrini, era impossível a doença não se disseminar.
– Intensificamos o controle com eliminação de criadores e tratamento no foco da doença, mas Boa Vista é passagem de outros países. Da Venezuela tem voo saindo direto. O que o Ministério da Saúde propôs foi tentar retardar com isolamento viral.
Complicações da doença podem levar ao desenvolvimento de dengue hemorrágica. Os sintomas das quatro variações de dengue (tipos 1, 2, 3 ou 4) são os mesmos, como dores de cabeça, no corpo e articulações, febre, diarreia e vômito. O tratamento também é o mesmo: repousar, hidratar-se bem e não tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, que, por ter efeito anticoagulante, pode provocar sangramentos.
Paralisação
Em Campo Grande (MS), a greve dos agentes de saúde completa nesta quarta-feira (12) uma semana e não há ainda possibilidade de acordo entre os trabalhadores do setor e o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). A cidade está sem controle da dengue, que continua crescendo, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde.
No litoral de São Paulo, a doença também avança. No Guarujá foram confirmados 9.511 casos no ano passado, com o registro de 27 mortes, número que levou a cidade a ser recordista da doença na Baixada Santista. O quadro obrigou o município a adotar atendimento em tendas improvisadas.

Fonte : R7.com